terça-feira, 26 de abril de 2011

Sinto uma saudade irracional por você. A ponta dos meus dedos adormecem, minha pele resseca quando não percebo tua presença. Vejo teus olhos na lua e eles me indicam mudança. Quando a maré encher, reproduzirá o reflexo do teu olho torpe. Me desfacelarei em qualquer onda quebrada. Danem-se os costumes, farão controvérsias em nome da ciência. Danem-se, cientistas! Tudo que é passado me angustia. Vivo dualizando meus dizeres, enquanto os divulgam por aí como se fossem construídos. Tudo que exponho é um eu que ninguém vê, por isso parecem tão dúbios. Sou nada mais que eu mesmo.

Guilherme Quintanilha

quinta-feira, 7 de abril de 2011


Minhas palavras não são construídas, são reproduzidas.
É tudo epiderme, glóbulos, DNA, coração.
Envolvo tudo num alento,
E quando chega o momento que se perde,
Você me pede compaixão;
Peço que se acerte,
A vida tem muito de ilusão, de fantasia, de solidão.
E a pele tenta combinar,
E o olho se perde na imensidão branca.
Sobrevivo apenas com minhas opiniões inconsistentes, inseguras e brandas.
Me defino com meia dúzia de palavras duras.
Meia dúzia de nada.

Guilherme Quintanilha