Ouvi ontem
e não tive como não lembrar de você: essa coisa de se ouvir, de lutar, de dar
nosso jeito, e essa coisa de braço também, o Nando me disse isso, “eu já tentei
com outro alguém mas não consigo dormir sem seus braços”, toda essa
representatividade que oscila entre o “só isso” e isso tudo aqui dentro de mim,
que o ama e o respeita como meu homem, que se orgulha pelo que você representa
pro mundo graças aquilo que construiu, endossa meu discurso, meu orgulho e meu
entendimento de querer você mais perto, precisar de você mais perto; e eu
espero como você me ensina, ponto por ponto, dia a dia, que contradiz a aflição
que me domina, e que me lembra uma frase do Nassar que repito desde muito tempo
como um mantra, “só a justa medida do tempo traz a justa natureza das coisas”,
querendo interiorizar a espera da natureza das coisas, que passou a fazer
sentido há mais de três anos, na primeira lição de como esperar, esperar como
um gesto sábio de maturidade, eu te espero, preciso de você por perto, preciso
de você em mim, te sentir aqui, pra gente construir a nossa casa pelos
alicerces e não pelo teto, e vai ser a vida inteira a gente aprendendo um com
outro, ajustando nossos ideais.