Te ouço toda vez que tento te esquecer,
E me reviro e me deito e me odeio,
E tento te ver nos meus sonhos,
Embora teus gestos de recusa,
Tua repulsão pelo desejo,
Tua tentação à carne.
O ser humano é fraco,
Frágil,
Apodrecido.
Preferia ver mil vezes a minha que a tua partida,
Tuas frases prontas,
Teus pensamentos dúbios,
Tua mente inviável,
Tua idéia rígida.
A necessidade que tenho é de sugar tua saliva,
E ainda sentir tua língua quente;
De olhar teu rosto sadio, teu sorriso largo, teus dentes curtos;
De te beijar a testa, fazer a cruz e pecar contra a castidade,
De debruçar sobre o teu corpo inclinado pra cima,
Tuas aréolas querendo serem escuras,
Teus olhos reluzentes,
Teu sinal intacto;
E de saber descrever cada milímetro do teu corpo aberto.
E de te esquecer toda vez que tento te ouvir,
Querendo ser o último a saber de tua existência.
De que me adianta tanto sofrimento se todas as anáforas foram vagas?
E me reviro e me deito e me odeio,
E tento te ver nos meus sonhos,
Embora teus gestos de recusa,
Tua repulsão pelo desejo,
Tua tentação à carne.
O ser humano é fraco,
Frágil,
Apodrecido.
Preferia ver mil vezes a minha que a tua partida,
Tuas frases prontas,
Teus pensamentos dúbios,
Tua mente inviável,
Tua idéia rígida.
A necessidade que tenho é de sugar tua saliva,
E ainda sentir tua língua quente;
De olhar teu rosto sadio, teu sorriso largo, teus dentes curtos;
De te beijar a testa, fazer a cruz e pecar contra a castidade,
De debruçar sobre o teu corpo inclinado pra cima,
Tuas aréolas querendo serem escuras,
Teus olhos reluzentes,
Teu sinal intacto;
E de saber descrever cada milímetro do teu corpo aberto.
E de te esquecer toda vez que tento te ouvir,
Querendo ser o último a saber de tua existência.
De que me adianta tanto sofrimento se todas as anáforas foram vagas?
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