quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Desprezo


Tento sangrar para mudar o foco da dor
E soco o chão 
(vejo seus olhos brilhando)
E taco a cabeça na parede 
(imagino seu sorriso intimidador)
E entorto o dedo para quebrá-lo 
(vejo seu rosto corado)
E me ataco,
Me ignoro,
E me esqueço pela enésima vez.

Grito porque não aguento mais sangrar.

Me desprezo como o resto do prato.

Você me prometeu o céu
E me deu o chão.

2 comentários:

Ju Fuzetto disse...

Mesmo no chão há refúgios soterrados pela ternura que um dia ainda foi clara. E ainda poderás levantar e voar novamente...

Um beijo adorei teu espaço!

Thamires Figueiredo disse...

' muito legal isso aqui *-* Parabéns pelo blog Guilherme.