terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Terceira fase

Meu peito ainda soluça.
As lágrimas preenchem o espaço vazio do meu olho,
Enquanto vivo minha utopia física,
Inércia dinamizada,
Ação e reação.
Ando desajustado
O disjuntor teima em se manter na posição desligada,
E quando tento me aquecer,
Desarmo.
A fiação deve ser trocada o quanto antes.
Os eletricistas se negam,
Perdi minha luz um tempo atrás,
Apenas ameaço faíscas, fases interrompidas.
Torço para que meu fuso se ajuste com o término do horário de verão.
Já vem o carnaval,
Eu renuncio, não nego:
Quero de volta todo o meu mal.

Guilherme Quintanilha

9 comentários:

Junior Rios disse...

"Quero de volta todo o meu mal."Também ando desajustado, desarmando com tamanha facilidade!Mais uma vez, parabéns pelo cativante texto!

Abraço


wwwsinparangon.blogspot.com

Gabriela Freitas disse...

Não sei se já comentei aqui antes, sei que sigo e leio quase tudo que posta e não há um só texto que não tenha me impressionado.

Fil. disse...

eu senti tudo isso, mais do que nunca... foi uma atmosfera o que você criou (e abraçou) em mim.

bjos.

Anônimo disse...

Impressionante como todas as combinações presentes neste texto já foram sentidas pelos seres humanos, tão errantes e tão apaixonados. Parabéns pelo post!

p.s.: Tem dois selos pra vc lá no blog!

Abraços!

Jân Bispo disse...

Você sempre traduz de forma impar sentimentos, sua maneira de escrever é cativante e inquietante, isso é bom, é mais do que palavras é sentimento que invade e noz faz reagir... parabéns!

Fernanda Ribeiro disse...

Ao ler seus textos é como se estivesse realmente vivendo o que está descrevendo no texto. E é essa uma de suas melhores qualidades! Ótimo texto!

Igor Pedroso disse...

Que belíssima poesia. Tanto sentimento, tão doce e suave.

Leo Wylde disse...

Gostei.

Junior Rios disse...

Olá Guilherme!Tem a indicação de um prêmio para você no meu blog...Passa lá!

Abração!

wwwsinparangon.blogspot.com