quinta-feira, 7 de abril de 2011


Minhas palavras não são construídas, são reproduzidas.
É tudo epiderme, glóbulos, DNA, coração.
Envolvo tudo num alento,
E quando chega o momento que se perde,
Você me pede compaixão;
Peço que se acerte,
A vida tem muito de ilusão, de fantasia, de solidão.
E a pele tenta combinar,
E o olho se perde na imensidão branca.
Sobrevivo apenas com minhas opiniões inconsistentes, inseguras e brandas.
Me defino com meia dúzia de palavras duras.
Meia dúzia de nada.

Guilherme Quintanilha

3 comentários:

Fil. disse...

já eu, me definho com tecido da palavra...

A tua, a minha... As letras do mundo.

bjo
<3

Jân Bispo disse...

Suas palavras são sempre intensas e encantadoras, admiro muito a sua escrita...

passando para avisar que te indiquei a um selo lá no comando passa e pega!

Anônimo disse...

Intenso, como um turbilhão de emoções em linhas e entrelinhas. Belíssimo!

Abraços!