segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Desconstrução

Desmorona o morro
Chove a chuva
O tempo já fechou já faz um tempo
Enquanto invento
Pleonasmos desiguais.
Os ventos sopram em direção contrária
Os dias se tornam sem métrica, sem rima
É tudo tijolo, terra, areia
Meu coração
Desnorteia
Qualquer interferência externa.
O costume do querer
E o debulho do viver e das lágrimas
Não cansam
Meu coração
É pedra, tijolo, terra, areia
Incendeia
Quando a água tenta amenizar
A fumaça
A brasa
O mar
E tudo aquilo que envolte o teu amar
O meu amor
O calor
O furor
Desmorona o morro.
É tudo concreto, pedra, tijolo, terra, areia.

8 comentários:

Anônimo disse...

Seu post me causou uma melancolia tão profunda que admirei o quão melhor autor você se torna a cada novo texto... Parabéns!

*Obrigada pelo comentário lá no meu blog! Volte sempre! (:

beeijo

Verônica Hiller. disse...

senti teus versos saindo de mim. perfeito.

Gabriela Freitas disse...

Já sigo teu blog faz um tempo, já leio teus escritas tambem há um tempo, mas s´resolvi comentar agora.
Tuas palavras são lindas, o modo como escreves é muito bom, prende o leitor, me prende pelo menos. rs.

Fil. disse...

é gostoso(temeroso) te sentir, desfazendo-se nessas palavras...
pó por pó.

Gustavo Paiva disse...

Belo poema! De um ritmo legal... assim que é gostoso de ler.

Judy disse...

Momento "desilusão",senti profundamente cada palavra escrita em seu texto.Parabéns!!!

Thamires Figueiredo disse...

' cada vez melhor!

gabi disse...

bem planejado engenheiricamente teu coração