É estranho como as coisas terminam, e por mais que eu tente te explicar minha crise existencial por cinco mil vezes seguidas você não a entenderá – apenas acenará com a cabeça e assentirá entre os dentes. Tenho medo da minha mortalidade. O tempo está retrógrado, sinto tua falta no espelho – meu rosto marcado por tua ausência, minha língua seca sem teu líquido. Minhas orelham buscam um silêncio ensurdecedor, enquanto meu colo sente o peso do que você deixou pra trás. Teus resíduos impregnam minhas roupas surradas, suadas. Despejo minhas angústias em verdades não esclarecidas. Meu amor decresce a cada dia, em cada perda, em cada morte.
Guilherme Quintanilha
2 comentários:
Das mortes que acontecem a cada dia!
*Gostei!
Renata Cibelle
Ótimo texto!
Adoro seu blog.
Parabéns.
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